História Francis Bacon
História Francis Bacon, em 1626, foi o primeiro a pensar em
refrigeração para conservar alimentos. Ele realizou uma experiência com uma
galinha enterrada na neve para ver se isto a preservava. Mas apenas com a
invenção do MICROSCÓPIO em 1863 que resultados satisfatórios foram obtidos. Com
o microscópio os cientistas estudaram as bactérias, enzimas e fungos. Eles
descobriram que estes organismos microscópios se multiplicam com o calor,
porém, pareciam hibernar em temperaturas abaixo de 10°C negativos. Temperaturas
mais baixas não eliminam microrganismos, mas sim controlam o seu crescimento.
Então pela primeira vez o alimento pôde ser mantido em seu estado natural pelo
uso do frio. A primeira descrição detalhada de um equipamento para produção de
gelo foi patenteada por Jacob Perkins em 1834. O primeiro equipamento real foi
construído por James Harrison (escocês) entre 1856 e 1857. Em 1862 em uma exibição
internacional em Londres, Daniel Siebe apresentou este equipamento à sociedade
da época. Somente em 1913, tivemos algo mais concreto com a aparição dos
primeiros refrigeradores manuais e em 1918 os elétricos. A partir de 1926
tivemos a concepção do compressor hermético e desde então a refrigeração está
presente na maioria dos lares do mundo inteiro. Com a descoberta do ciclo de
refrigeração e desenvolvimento da máquina frigorífica abriu o caminho para o
uso prático do ar condicionado. O que pode ser considerado como o primeiro
equipamento de ar condicionado foi criado e patenteado em 1897 pôr Joseph
McCreaty (U.S.A.). Seu sistema foi denominado lavador de ar (um sistema de
resfriamento baseado no borrifamento de água).
Em 1906, o jovem engenheiro norte-americano Willys Haviland
Carrier inventou um processo mecânico para condicionar o ar, tornando realidade
o controle do clima. Sua invenção viria a ajudar a indústria. Uma empresa de
Nova York estava tendo problemas com trabalhos de impressão durante os quentes
meses de verão. O papel absorvia a umidade do ar e se dilatava. As cores
impressas em dias úmidos não se alinhavam, gerando imagens borradas e obscuras.
Carrier acreditava que poderia retirar a umidade da fábrica através do
resfriamento do ar. Para isto, desenhou uma máquina que fazia circular o ar por
dutos resfriados artificialmente. Este processo, que controlava a temperatura e
umidade, foi o primeiro exemplo de condicionamento de ar por um processo
mecânico. Porém, foi à indústria têxtil o primeiro grande mercado para o
condicionador de ar, que logo passou a usado em diversos prédios e instalações
de indústrias de papel, produtos farmacêuticos, tabaco e estabelecimentos
comerciais. A primeira aplicação residencial foi em uma mansão de Minneapolis,
em 1914. Carrier desenhou um equipamento especial para residências, maior e
mais simples do que os condicionadores de hoje em dia. No mesmo ano, Carrier
instalou o primeiro condicionador de ar hospitalar, no Allegheny General
Hospital de Pittsburgh. O sistema introduzia umidade extra em um berçário de
partos prematuros, ajudando a reduzir a mortalidade causada pela desidratação.
Nos anos 20, o ar condicionado tornou-se mais acessível ao público em muitos
prédios públicos. O aparelho teve seu "debut" em público em 1922, no
Grauman's Metropolitan Theatre em Los Angeles. Na verdade, o condicionador
ajudou a indústria cinematográfica, pois, nos meses de verão, a freqüência dos
cinemas caía muito e várias salas fechavam nesse período. Carrier equipou a
Câmara dos Deputados dos EUA em 1928, o Senado Americano em 1929 e os
escritórios executivos da Casa Branca em 1930, tornando mais agradável o
trabalho no verão quente e úmido de Washington. Os vagões da ferrovia B&O
foram os primeiros veículos de passageiros a possuírem condicionadores de ar,
em 1930.
Willis Carrier
Também nos anos 30, Willis Carrier desenvolveu um sistema
que viabilizou o ar condicionado em arranha-céus. A distribuição do ar em alta
velocidade através de dutos "Weathermaster", criada em 1939,
economizava mais espaço do que os sistemas utilizados na época. Nos anos 50, os
modelos residenciais de ar condicionado começaram a ser produzidos em massa.
Nesta época, em 1950, Willis Carrier morreu. Em 1952, a Empresa Carrier
desenvolveu a primeira produção em série de unidades centrais de
condicionadores de ar para residências. O estoque foi vendido em duas semanas.
Dez anos depois, estas centrais não eram mais novidade, e ainda hoje trazem
soluções em todas as partes do mundo. O uso do ar-condicionado em automóveis,
que hoje é bem comum, está completando 70 anos. O primeiro carro a oferecer o
equipamento como opcional foi o Packard 1939, fabricado nos Estados Unidos. O
primeiro veículo de montadora com ar condicionado foi um Pontiac em 1954.
O primeiro ar-condicionado não era muito prático, ocupava
todo o portamalas do carro e não tinha regulagem de temperatura. Se esfriasse
demais, a única coisa que o motorista podia fazer era desligá-lo. Outra
curiosidade era o alto preço, equivalente a um quarto do valor que custava o
carro. Se isso acontecesse hoje um carro no valor de R$ 57 mil, custaria mais
de R$ 71 mil. Graças ao desenvolvimento da tecnologia e o aumento
circunstancial do consumo hoje o valor gira em torno de 6 a 8% no país. Meio
Ambiente O Buraco na Camada de Ozônio A camada de ozônio é uma capa desse gás
que envolve a Terra e a protege de vários tipos de radiação, sendo que a principal
delas, a radiação ultravioleta, é a principal causadora de câncer de pele. No
último século, devido ao desenvolvimento industrial, passaram a utilizar
produtos que emitem clorofluorcarbono (CFC), um gás que ao atingir a camada de
ozônio destrói as moléculas que a formam (O3), causando assim a destruição
dessa camada da atmosfera. Sem essa camada, a incidência de raios ultravioletas
nocivos a Terra fica sensivelmente maior, aumentando as chances de contração de
câncer. Nos últimos anos tentou-se evitar ao máximo a utilização do CFCs e,
mesmo assim, o buraco na camada de ozônio continua aumentando, preocupando cada
vez mais a população mundial. As ineficientes tentativas de se diminuir a
produção de CFCs, devido à dificuldade de se substituir esse gás,
principalmente nos refrigeradores, provavelmente vêm fazendo com que o buraco
continue aumentando, prejudicando cada vez mais a humanidade. Um exemplo do
fracasso na tentativa de se eliminar a produção de CFCs foi a dos EUA, o maior
produtor desse gás em todo planeta. Em 1978 os EUA produziam, em aero sóis, 470
mil toneladas de CFCs, aumentando para 235 mil em 1988. Em compensação, a
produção de CFCs em outros produtos, que era de 350 mil toneladas em 1978,
passou para 540 mil em 1988, mostrando a necessidade de se utilizar esse gás em
nossa vida quotidiana. É muito difícil encontrar uma solução para o problema.
A região mais afetada pela destruição da camada de ozônio é
a Antártida. Nessa região, principalmente no mês de setembro, quase a metade da
concentração de ozônio é misteriosamente sugada da atmosfera. Esse fenômeno
deixa à mercê dos raios ultravioletas uma área de 31 milhões de quilômetros
quadrados, maior que toda a América do Sul, ou 15% da superfície do planeta.
Nas demais áreas do planeta, a diminuição da camada de ozônio também é
sensível; de 3 a 7% do ozônio que a compunha já foi destruído pelo homem. Mesmo
menores que na Antártida, esses números representam um enorme alerta ao que nos
poderá acontecer, se continuarmos a fechar os olhos para esse problema.
Raios ultravioletas são ondas luminosas as quais se
encontram exatamente acima do extremo violeta do espectro da luz visível que
chega a terra. De acordo com o comprimento de onda seja ela curta ou longa, a
mais prejudicial são as ondas curtas. Os raios ultravioletas (raios UV) são
classificados em raios UV-A, UV-B e em raios UV-C. A reação química causada na
atmosfera As moléculas de clorofluorcarbono ou freon passam intactas pela
troposfera, que é a parte da atmosfera que vai da superfície até uma altitude
média de 10.000 metros. Em seguida essas moléculas atingem a estratosfera, onde
os raios ultravioletas do sol aparecem em maior quantidade. Esses raios quebram
as partículas de (CFC) liberando o átomo de cloro. Este átomo, então, rompe a
molécula de ozônio (O3), formando monóxido de cloro (ClO) e oxigênio (O2). A
reação tem continuidade e logo o átomo de cloro libera o de oxigênio que se
liga a um átomo de oxigênio de outra molécula de ozônio, e o átomo de cloro
passa a destruir outra molécula de ozônio, criando uma reação em cadeia. Por
outro lado, existe a reação que beneficia a camada de ozônio: Quando a luz
solar atua sobre óxidos de nitrogênio, estes podem reagir liberando os átomos
de oxigênio, que se combinam e produzem ozônio. Estes óxidos de nitrogênio são
produzidos continuamente pelos veículos automotores, resultado da queima de
combustíveis fósseis. Infelizmente, a produção de CFCs, mesmo sendo menor que a
de óxidos de nitrogênio, consegue, devido à reação em cadeia já explicada,
destruir um número bem maior de moléculas de ozônio que as produzidas pelos
automóveis.
Em todo o mundo as massas de ar circulam, sendo que um
poluente lançado no Brasil pode atingir a Europa devido a correntes de
convecção. Na Antártida, por sua vez, devido ao rigoroso inverno de seis meses,
essa circulação de ar não ocorre e, assim, formam-se círculos de convecção
exclusivos daquela área. Os poluentes atraídos durante o verão permanecem na
Antártida até a época de subirem para a estratosfera. Ao chegar o verão, os
primeiros raios de sol quebram as moléculas de CFC encontradas nessa área,
iniciando a reação. Em 1988, foi constatado que na atmosfera
da Antártida, a concentração de monóxido de cloro é cem vezes maior que em
qualquer outra parte do mundo. No Brasil ainda há pouco com que se preocupar No
Brasil, a camada de ozônio ainda não perdeu 5% do seu tamanho original, de
acordo com os instrumentos medidores do INPE (Instituto de Pesquisas
Espaciais). O instituto acompanha a movimentação do gás na atmosfera desde 1978
e até hoje não detectou nenhuma variação significante, provavelmente pela pouca
produção de CFCs no Brasil em comparação com os países de primeiro mundo. No
Brasil apenas 5% dos aerosóis utilizam CFCs, já que uma mistura de butano e
propano é significativamente mais barata, funcionando perfeitamente em
substituição ao clorofluorcarbono. Efeitos negativos ao meio ambiente A
principal conseqüência da destruição da camada de ozônio será o grande aumento
da incidência de câncer de pele, prejuízos ao sistema imunológico, maior
incidência de cegueira e queimaduras, desde que os raios ultravioletas são
mutagênicos. Além disso, a hipótese da destruição da camada de ozônio causa o
desequilíbrio no clima, resultando no "efeito estufa", o que causa o
descongelamento das geleiras polares, consequentemente inundação de muitos
territórios que atualmente se encontram em condições de habitação, redução da
fotossíntese e do crescimento das plantas, destruição dos fitos plânctons, base
da cadeia alimentar marinha, com consequente aumento da emissão de gás
carbônico. De qualquer forma, a maior preocupação dos cientistas é mesmo com o
câncer de pele, cuja incidência vem aumentando nos últimos vinte anos. Cada vez
mais se aconselha a evitar
o sol nas horas em que esteja muito forte, assim como a
utilização de filtros solares, são as únicas maneiras de se prevenir e proteger
a pele.
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