terça-feira, 30 de maio de 2017



Posso trocar o compressor velho pelo compressor rotativo?











Como todos já sabem, o compressor é a peça mais cara e mais importante de um ar-condicionado. 

Ele possibilita que o ar possa cumprir seu papel, ou seja, refrigerar o ambiente. 

No mercado, atualmente, existem cinco modelos de compressores: rotativo, alternativo, centrífugo, parafuso e scroll.


Porém, o compressor rotativo, que é usado em aparelhos tipo split, é considerado o melhor compressor do mercado por ser o mais econômico de todos. Isso acontece porque ele possui peças variadas em sua composição, que fazem com que a compressão do ar dentro das espirais internas consumam menos energia, já que realizam menor esforço – é estimado que sua economia seja de 30% em comparação com os outros tipos de compressores. Além disso, seu preço é o mais baixo (varia de R$300 a R$800), é bastante silencioso e sua manutenção é muito prática. Todas essas qualidades fazem com que o compressor rotativo seja a preferência dos instaladores de ar-condicionado.

Por que os outros tipos de compressor não são tão usados quando o compressor rotativo?

Além de o compressor rotativo ser o mais econômico e silencioso, os outros tipos de compressores possuem algumas falhas que acabam diminuindo o interesse dos instaladores. São elas:

Compressor alternativo: o compressor alternativo, usado em modelos janela e split, é mais barulhento que o compressor rotativo. Além disso, consome mais energia e possui vida útil pequena se comparada ao concorrente. Seu preço varia de R$250 a R$1100.
Compressor centrífugo: o compressor centrífugo possui muitas pás trabalhando para comprimir o ar. Por isso, ele gasta mais energia que o compressor rotativo e tem um custo alto (varia de R$40 mil a R$80 mil).
Compressor parafuso: assim como o compressor centrífugo, o compressor parafuso também possui um custo alto, variando de R$12 mil a R$50 mil, o que faz com que muitos instaladores prefiram o compressor rotativo.
Compressor scroll: dentre todos os compressores, o scroll é o concorrente mais forte do compressor rotativo por ter preço baixo (R$700 a R$2000) e por ser silencioso. Porém, é mais utilizado em máquinas frigoríficas do que em ares-condicionados.

Como trocar um compressor antigo pelo compressor rotativo?

À medida que o tempo passa, a tecnologia dos compressores vai ficando mais confiável e segura, mas, mesmo assim, eles ainda dão defeito e precisam ser substituídos. Porém, muitas vezes, o compressor original não é mais comercializado, e isso acontece comumente, já que os fabricantes estão frequentemente desenvolvendo produtos novos a fim de melhorar a eficiência energética, incorporar avanços tecnológicos e reduzir os custos de produção, o que também acarreta a redução do preço ao consumidor final.
Na avaliação de um técnico de refrigeração, existem duas opções para um compressor velho defeituoso: seu conserto ou sua troca, sendo mais comum a troca para um modelo mais moderno com a mesma aplicação.
Ou seja, é possível fazer a troca do compressor velho para o compressor rotativo, mas, para isso, o técnico deve levar em conta alguns aspectos semelhantes entre o aparelho velho e o novo, tais como: a faixa de temperatura de evaporação, o gás refrigerante utilizado, a capacidade do sistema de refrigeração, a voltagem, a frequência da rede elétrica e o torque de partida.

Faixa de temperatura de evaporação: o compressor substituto deve ter a mesma faixa de temperatura de evaporação. Muitas vezes, fica difícil encontrar essa informação no aparelho, mas é possível achá-la no sistema de refrigeração. Todos os fabricantes possuem tabelas onde classificam os compressores por temperatura de evaporação e onde mostram os tipos de equipamentos e sistemas que podem ser usados.
Fluido refrigerante: o ideal é utilizar o fluido que já era usado antes pelo compressor antigo. Porém, se o compressor utilizava um gás refrigerante que agredia a camada de ozônio, o melhor é trocar para outro que seja eco sustentável, como o gás R410A. Caso precise substituir o fluido, é necessário fazer uma limpeza profunda do sistema para tirar tanto o gás quanto o óleo lubrificante. Por fim, é importante analisar todo o sistema e ver onde precisará fazer modificações.
Capacidade do sistema de refrigeração: o compressor novo deve ter carga térmica compatível com a do sistema, com margem variável de 10%. Nada além disso!
Voltagem e frequência: o compressor novo também deve ter a mesma voltagem e frequência do antigo. Por isso, é importante verificar todas as especificações para que não aconteça nenhum problema futuramente.
Torque de partida: compressores podem ter baixo ou alto torque de partida, e isso não é ajustável. Por isso, é necessário verificar essa informação antes da troca dos aparelhos. Caso não exista nenhuma, siga as dicas: tubo capilar exige compressor com baixo ou alto torque de partida e a válvula de expansão exige compressor com alto torque de partida.

Concluindo, é possível trocar o compressor antigo pelo compressor rotativo. Para que isso aconteça, é importante que o técnico analise uma série de condições e informações dos aparelhos. Assim, é certo que o novo compressor não dará dores de cabeça futuras.

Gomes

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