quarta-feira, 24 de agosto de 2016

OS SEGREDOS DOS COMPRESSORES

É fundamental conhecer em detalhes o componente
que é considerado o coração do sistema de refrigeração.


Todo profissional de refrigeração sabe o que é e para que serve um compressor. Mas será que conhece bem todos os aspectos desse componente? No livro Refrigeração e Climatização para Técnicos e Engenheiros, os professores José de Castro Silva e Ana Cristina G. Castro Silva explicam que, de acordo com a forma como o compressor está instalado junto ao motor, existem três caracterizações: Motocompressores herméticos, motocompressores semi-herméticos e compressores abertos.
·         Motocompressores herméticos, o compressor e o motor elétrico estão juntos em uma mesma carcaça, com o rotor, estator e pistões em uma única câmara.
·         Motocompressores semi- herméticos, apresentam compressor e motor elétrico em uma mesma carcaça, mas com os pistões em uma câmara e o motor (conjunto estator/rotor) em outra, sendo interligados pelo virabrequim.
·         Compressores abertos, o compressor e o motor elétrico não estão juntos na mesma carcaça.

TIPOS DE COMPRESSOR POR
CATEGORIA DE COMPRESSÃO:

Alternativo: tem esse nome em função dos movimentos alternados de sobe e desce ou vai e vem que o pistão executa.
Rotativo: pode ser de palhetas simples ou duplas, formando duas ou múltiplas câmaras de compressão. Muito utilizado em condicionadores de ar do tipo janela e em bombas de vácuo.
Scroll: também conhecido como Espiral, possui dois caracóis, um fixo e outro móvel. O caracol móvel executa um movimento orbital dentro do fixo. Tem aplicação variada na refrigeração e condicionamento do ar.
Parafuso: tem esse nome porque seus principais componentes, os rotores (macho e fêmea), parecem grandes roscas de parafusos. São largamente usados em refrigeração industrial.
Centrífugo: modelo em que um jato contínuo de fluido refrigerante é succionado e comprimido por uma força centrífuga. Usado especialmente em chillers de médio e grande porte.
COMO ESCOLHER
Para escolher o compressor adequado é preciso considerar vários fatores, entre os quais destacamos especialmente quatro descritos a seguir:
1. Capacidade de refrigeração 
A capacidade requerida do compressor está atrelada ao tamanho do sistema a ser refrigerado, assim como à temperatura de evaporação. Para consulta das capacidades, pode-se utilizar o catálogo eletrônico da Embraco: no site www.embraco.com.br/catalog, clique em Produtos e Aplicações e em seguida Catálogo Eletrônico. Clicando na imagem do compressor, é possível fazer a busca por modelo, fluido refrigerante, voltagem, entre outros.
2. Elemento de controle
Em sistemas que utilizam o tubo capilar, as pressões entre a descarga e sucção se equalizam antes da próxima partida do compressor, fazendo com que o torque requerido para a partida seja menor. Para essa aplicação, os compressores utilizados são os LST (Low Starting Torque, ou Baixo Torque de partida), projetados para trabalharem com pressões equalizadas durante as paradas.
Já quando o elemento de controle é a válvula de expansão, não há movimentação do fluido durante o período em que o compressor está desligado. Assim, para o compressor partir, ele precisa ter um torque maior, o suficiente para vencer a diferença de pressão entre a descarga e sucção. Nesse caso, os compressores são projetados para ter um motor HST (High Starting Torque, ou Alto Torque de Partida).
Atenção: os compressores HST podem ser aplicados em sistemas que utilizam tubo capilar e também em aplicações em que os períodos de parada do compressor são muito curtos, não permitindo a equalização das pressões. Mas compressores LST não podem ser aplicados em sistemas com válvula de expansão.
3. Faixa de temperatura de evaporação
Saber a temperatura de evaporação do sistema é importante para se fazer a escolha correta do compressor quanto ao torque do motor de funcionamento.
A potência necessária para compressão de um fluído em alta temperatura de evaporação é maior que a realizada pelo mesmo compressor com fluído em baixa temperatura de evaporação. Por isso, motores para aplicação em sistemas de alta pressão de evaporação devem ter torque mais elevado. Em relação a esse aspecto, os compressores são classificados da seguinte forma:
·         HBP (High Back Pressure, ou alta pressão de retorno) – Apresentam motores com torque de funcionamento alto, para trabalharem com altas temperaturas de evaporação
·         MBP (Medium Back Pressure, ou média pressão de retorno) – Motores projetados com torque de funcionamento intermediário, para pressões de evaporação intermediária.
·         LBP (Low Back Pressure, ou baixa pressão de retorno) – Apresenta motores com menor torque de funcionamento, para trabalharem com pressões de evaporação baixas.

4. Fluido refrigerante 
Os fluidos refrigerantes são escolhidos de acordo com o sistema ou necessidade da aplicação. Os mais comuns são R134a, R404A, R407A, R22, juntamente com os hidrocarbonetos R290 (propano) e R600a (isobutano), que não afetam a camada de ozônio e contribuem pouquíssimo para o aquecimento global.
Cada compressor é projetado para trabalhar com determinado fluido refrigerante. Isso significa que os materiais, componentes internos, óleo lubrificante, tamanho da câmara de compressão, potência do motor, sistema de válvulas etc. são específicos para cada um deles. Portanto, devemos ressaltar que é necessário sempre utilizar o fluído indicado na etiqueta do compressor ou refrigerador.
A Embraco disponibiliza compressores para aplicações com diversos tipos de fluidos refrigerantes. Para facilitar a identificação do modelo correto, a etiqueta existente no compressor informa o fluido refrigerante para o qual ele foi produzido.


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