sábado, 23 de janeiro de 2016

Como controlarmos o fluido refrigerante junto com o óleo lubrificante 


No circuito refrigerante a presença de lubrificante é inevitável, mesmo em sistemas de baixas temperaturas nos quais são instalados separadores de óleo, é importante dentro do circuito e termos baixa quantidade de óleo, desta forma evitaremos a redução de eficiência no trocador de calor (evaporador), muitas vezes este volume a mais de lubrificante pode internamente no tubo do trocador de calor agir como um isolante térmico.
Podemos evitar este problema realizando um desenho (projeto) correto na utilização da escolha do evaporador, trabalhando sempre com fornecedores confiáveis e de qualidade, ou seja, as linha de sucção precisamos de esquemas que contem com a necessidade que o refrigerante no seu estado liquido, não se transfira durante as pausas de funcionamento da unidade, do evaporador ao compressor, evitando o famoso golpe de liquido (mancais e pistões) outro problema seria a queda repentina de pressão no cárter produzindo volume de miscela óleo-lubrificante que sob forma de espuma, seria aspirada pelo compressor a sistema.
 O compressor num circuito de refrigeração, tem basicamente duas finalidades: a primeira é reduzir a pressão do evaporador até que o liquido se evapore a temperatura baixa e a segunda consiste na compressão do vapor de modo que a temperatura de condensação aumente, para fornecer liquido a Válvula de expansão. Além do compressor hermético existem hoje no mercado outros tipos de compressores como alternativos, semi-herméticos, abertos, rotativos, etc.
compressor

No compressor é comum o defeito de falta de óleo ou óleo contaminado, é importante instruirmos nossos clientes da importância da manutenção preventiva ou seja verificarmos periodicamente o nível de óleo do compressor como também seu grau de descoloração, outro ponto importante é usarmos o kit de teste de qualidade de óleo.

Principais componentes num circuito de Refrigeração.
A válvula de expansão deve ser ajustada somente após a temperatura desejada encontrar-se em regime de operação normal e continuo, ou seja, a temperatura do ambiente deve estar estabilizada.
Não se deve ajustar a válvula de expansão minutos antes ou após o período de degelo, ou se estas estiverem apresentando um pequeno ruído, pois isso indica que a válvula não está em regime normal de funcionamento. Nestas condições, as leituras de temperatura não correspondem ao superaquecimento real.
Durante o ajuste do superaquecimento, é necessário que o evaporador funcione de modo contínuo. Uma dica é baixar o set-point de temperatura no controlador eletrônico ou termostato a pelo menos -25 a -30°C dependendo da aplicação. Assim, evita-se o fechamento da válvula solenóide, que nestas condições não interfere nas leituras obtidas durante o procedimento de ajuste.
Verifique se o bulbo da válvula de expansão está localizado na posição correta e se está fixado adequadamente na tubulação de sucção com braçadeira metálica e isolado termicamente.
De acordo com os diâmetros da tubulação, o bulbo deverá ser montado na posição correspondente às agulhas de um relógio entre 1 e 4 horas.

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O bulbo termostático da válvula de expansão deve estar isolado termicamente para evitar interferências do ar circulado no ambiente.


Roteiro de Ajuste

Coloque o manômetro de baixa na válvula schraeder que se encontra na linha de sucção, logo na saída do evaporador;
Coloque o bulbo do termômetro próximo ao bulbo da válvula de expansão. Fixe firmemente o bulbo do termômetro, garantindo que o bulbo do termômetro fique encontrado na tubulação;
Isole termicamente o bulbo para evitar interferência nas temperaturas;
Após realizado o procedimento citado acima, aguarde alguns minutos para estabilização da temperatura.
O cálculo do superaquecimento é realizado conforme exemplo demonstrado abaixo:Fluído refrigerante R-22

PRESSÃO DE SUCÇÃO 37  PSIG
TEMPERATURA DE VAPOR SATURADO -10 °C
TEMPERATURA DE SUCÇÃO -3 °C
SUPERAQUECIMENTO = TEMPERATURA DE SUCÇÃO – TEMPERATURA DE VAPOR SATURADO = 7 K
Superaquecimento = 7 K
Observe se o superaquecimento não está variando ou as temperaturas lidas no termômetro se aproximam da temperatura do vapor saturado (Temperatura convertida na régua ou tabela), chegando mesmo a se igualar a estas temperaturas. Após dois ou três minutos, elas tornam a se afastar, chegando à diferença de 12°C a 15°C. Isso indica que a válvula não está equalizando corretamente o fluxo do gás refrigerante. A causa deste efeito é que a câmara ainda não atingiu a temperatura de regime normal ou a válvula de expansão está com o orifício maior que o necessário.
O que fazer se caso o superaquecimento esteja fixo em torno de 8 a 11 K: abra a haste de ajuste da válvula girando meia volta no sentido anti-horário. Este procedimento deixa passar maior quantidade de fluído refrigerante, diminuindo o superaquecimento. Aguarde em torno de 10 a 15 minutos até que as temperaturas lidas se estabilizem.
O que fazer se caso o superaquecimento não tenha sido atingido:  abra mais ¼ de volta a haste de ajuste da válvula. Aguarde novamente e repita este procedimento até obter o superaquecimento desejado.
O que fazer se caso o valor da saída do evaporador esteja igual, ou até mais baixo que a temperatura de vapor saturado: o procedimento deve ser inverso do descrito acima. A válvula deve ser fechada girando-se a haste de ajuste no sentido horário. Caso mesmo assim não consiga o ajuste satisfatório, é sinal que a válvula de expansão está com o orifício em tamanho acima do necessário, devendo o mesmo ser substituído por um número menor.
No caso do superaquecimento estar em um valor elevado, acima de 11 K, e a válvula não responder a regulagem, ou seja, mesmo a válvula expansão estando totalmente aberta o superaquecimento não diminui, o orifício da válvula está pequeno, devendo o mesmo ser substituído por um número maior.
Variação do superaquecimento em função do ajuste da válvula
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Superaquecimento total na sucção do compressor
O superaquecimento na sucção deve ser verificado conforme exemplo demonstrado abaixo:
Medir a pressão de sucção na válvula de serviço do compressor, converter a pressão lida em temperatura;
Medir a temperatura na linha de sucção a aproximadamente 20 a 30 cm da entrada do compressor utilizando um termômetro apropriado;
Subtrair a temperatura de saturação equivalente à pressão de sucção da temperatura medida na sucção. A diferença é o superaquecimento total.
Exemplo:
Pressão de sucção = 37 Psig (Temperatura de evaporação = -10°C)
Temperatura na sucção do compressor = 5°C
Superaquecimento Total = 5 – (-10) = 15K
Vale à pena lembrar:
Superaquecimento total muito baixo
Pode resultar em retorno de líquido para o compressor. Isto causa a diluição do óleo e risco de quebra mecânica do compressor.
Superaquecimento total elevado (Alto)
Ocasiona altas temperaturas de descarga no compressor, diminui a capacidade do evaporador, aumenta a potência consumida e reduz a vida útil do compressor.

Importante: Instalações com grandes linhas de sucção, como câmaras, sistemas de supermercados e instalações industriais, é importante realizar a medição do superaquecimento total o mais próximo possível da válvula de serviço do compressor.

Gomes

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