Como Orientar, Avaliar e Motivar seus Funcionários
Técnicas para fazer o pessoal trabalhar e crescer a favor da empresa
Uma empresa, seja qual for seu tamanho ou área de atuação, ergue-se sempre
sobre um elemento básico, que a sustenta e faz crescer - seus funcionários.
As
grandes idéias não se concretizam, os grandes empreendedores não se realizam, se
não puderem contar com a atividade de profissionais capazes de dar vida a um bom
negócio.
O sucesso de qualquer empreendimento passa pelo desempenho de seus
funcionários, e, por isso, é muito importante manter um grupo de pessoas
competentes e altamente estimuladas, que se sintam reconhecidas, valorizadas e
encontrem espaço e oportunidade de crescimento e realização pessoal dentro da
estrutura à qual dedicam seu potencial e seu talento.
Se um profissional sente que só
poderá crescer em outro lugar, seu conhecimento acumulado e o capital investido nele
passam a beneficiar a concorrência.
Portanto, procure fazer com que o fator humano de sua empresa trabalhe e
cresça a seu favor.
Lembre-se que você está lidando com seres humanos, não com peças de uma
engrenagem. Estão em jogo emoções e suscetibilidades, que não podem ser
desprezadas.
De fato, podem e devem ser muito bem aproveitadas.
Para tanto, é necessário, em primeiro lugar, preparar os profissionais que você
contrata para que possam, no menor período de tempo possível, começar a dar o
retorno que deles se espera.
Uma vez integrados à estrutura, é preciso avaliá-los, de
forma a identificar suas potencialidades e definir como elas podem ser aplicadas em
benefício da empresa.
Em seguida, é interessante direcioná-los para que atuem da forma mais
conveniente - tanto para eles quanto para a organização.
E, por fim, estimulá-los para
que continuem aperfeiçoando-se e levando a empresa a crescer na velocidade do
desenvolvimento pessoal de cada um deles.
Orientando com eficácia
Quando um profissional inicia seu trabalho em uma nova empresa, normalmente leva
algum tempo até se ambientar.
Não sabe ao certo onde vai trabalhar, ou exatamente
como vai fazê-lo.]
Não conhece os colegas, os costumes, as características da
organização.
Não está a par de nenhuma daquelas pequenas coisas que fazem parte
do expediente que, para os funcionários mais antigos, já são tão familiares.
Está ávido por colaborar, mas não sabe como.
E acaba enfrentando frustrante
processo até conseguir ganhar seu próprio espaço dentro da empresa.
Fazer com que um novo funcionário fique seguro e perfeitamente à vontade
desde o seu primeiro dia de trabalho não é apenas um detalhe de delicadeza humana
que devemos a todos sempre que as circunstâncias tornarem necessário.
É, também,
uma estratégia gerencial, para que os novos contratados passem a produzir o mais
depressa possível.
O profissional que desde o início conhece as prerrogativas de seu cargo tem
mais chances de acertar.
É preciso provê-lo com o máximo de informações possíveis
para que não perca tempo tentando descobrir sozinho o que já está mais do que
identificado.
Os objetivos básicos do processo de orientação são os seguintes:
•
Comunicar os valores e prioridades da empresa - todo
funcionário gosta de se sentir parte dela. Com isso, ele é mais estimulado a
colaborar, a lutar por objetivos que são seus também.
Conhecer a cultura da
empresa, suas tradições, sua história, leva o profissional a sentir-se mais
integrado à organização;
•
Criar um modelo de comportamento - as empresas são
conhecidas pela forma como atuam, como realizam o seu trabalho, a qualidade
de seus produtos e serviços, a forma como lidam com clientes e fornecedores.
É preciso que o novo funcionário saiba o que se espera dele em termos de
atitude profissional, para que se enquadre aos padrões de qualidade já
conquistados pela empresa e atue de acordo com eles;
•
Tornar a adaptação mais rápida - ao conhecer as pessoas com
as quais compartilhará os dias de trabalho o novo funcionário sente-se mais
seguro, mais à vontade.
É importante que, desde o início, tenha um local
preparado para ele, alguma atividade que possa realizar de imediato, e o
material necessário.
Tratado assim, ele vai sentir-se valorizado, necessário e,
de imediato, será capaz de fazer contribuições positivas para a empresa;
•
Aumentar o aproveitamento do tempo - fornecer informações
concretas, tais como o procedimento para conseguir material de trabalho, a
quem recorrer se tiver dúvidas ou enfrentar problemas, como usufruir dos
benefícios oferecidos pela organização, como e quando receber o salário e
coisas do gênero diminuem a ansiedade própria das novas condições de
trabalho e evitam que ele perca tempo produtivo tentando descobri-las;
•
Estabelecer a integração do funcionário à empresa -
profissionais novos podem ter bons conhecimentos teóricos, mas, às vezes,
deixam a desejar no lado prático. Precisam de orientação específica sobre o
que fazer e como fazê-lo.
Os mais antigos, vindos de outras empresas ou talvez até de um período de trabalho
autônomo, trarão consigo alguns vícios, algumas características que entram em conflito
com os padrões da atual, mas também grande bagagem de experiência e
conhecimento.
Devem saber exatamente o que ela precisa para que correspondam da
melhor forma possível.
É interessante ouvi-los, respeitá-los, nunca descartando a
possibilidade de crescer um pouco mais, aprendendo com eles.
Você pode planejar um programa de orientação para os novos funcionários a
partir de alguns pontos básicos:
1.
fornecer informações sobre os negócios, objetivos e
posicionamento da empresa no mercado;
2.
definir a posição que ele ocupa na organização e o que pode
fazer para assegurar que esses objetivos sejam alcançados;
3.
envolver todos os funcionários mais antigos da empresa no
processo de orientação e adaptação do profissional recém-contratado;
4.
evitar o excesso de informações, começando com as prioridades
e permitindo que elas sejam devidamente assimiladas;
5.
ter tudo preparado para a chegada do funcionário (local de
trabalho, material, uma tarefa) para que ele não se sinta entediado,
constrangido ou intimidado;
6.
permitir que o funcionário tenha tempo de aprender as maneiras
e razões para fazer com que tudo funcione antes de iniciá-lo nas tarefas
cotidianas;
7.
ser atencioso com o recém-chegado durante os primeiros dias
no emprego a fim de demonstrar que todos se preocupam com o seu sucesso;
8.
acompanhar sempre o programa para verificar se os objetivos
estão sendo atingidos
Publicado na revista Sala do Empresário - Ed. 13 /www.empresário.com.br/
J.P.Gomes
sábado, 14 de agosto de 2010
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